Palhaço-1987-Gustavo Rosa
Não sou um só, não único.
Meus anônimos são sinônimos
de mim, são mediúnicos
Nos seus cantares afônicos,
como Rock and roll e Olodum.
Concisos, sucintos, lacônicos.
Não tenho heterônimo nenhum.
Outros de mim chegam junto,
Arrisco um forro Garanhuns.
Como Brasil orfeônico.
Minas de ferro esperanto,
internauta monofônico.
Malandro branco e Banto,
mangue de guaiamuns.
Quietude de acalanto.
Conversa de futebol,
meus outros são meus comuns.
Boteco é o meu quintal.
Cama de acordar com sol,
força adversa do arranco,
chama de lamber geral.
Pois sendo tantos meus múltiplos,
calma de achar assunto,
dentre os quantos penúltimos.
Eu não sou um, sou muitos.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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