Parceiros-s/d-Cristina Canale
Nossa carreira de versos,
vicios de metrificar.
Porra é o fim manifesto,
nos ainda termos a amar.
Amor de corpo é honesto,
homem começa com H
único, comum e diverso,
composto de transpirar.
No amar há um poder tônico.
Biônico o amor é quasar,
deixa que um brilho bem único,
noutro se venha juntar,
vibrando onde tenham assunto,
suor de corpo é soar.
Somente se eles não mentem
no rosto dos olhos urgentes,
o resto a viver é amar.
Amar é dar um mergulho.
Ter de seu o outro, e entrar.
Pode ser lindo,
pode dar gorgulhos,
pode ser maroto,
pode ser vulgar.
Isso se entre dois gostos,
Há mosto de se beijar.
O beijo tem sal devasso,
vozerio mel, Babel.
Mandinga feita de abraços,
estardalhaço no céu,
barulhos de ouvir, coretos.
Solo de dois em um,
despacho com fé e paixão.
Sabores com urucum
Amor é um prédio concreto,
com janelas para a ilusão.
Perigo de risco certo.
larica de desejar.
Depois de um no outro posto,
com a calma do alvoroço,
entre os dois tem o som do mar.
O mar com seu próprio dorso,
nas pedras do cais se esfrega,
ao amar a pedra se entrega
e a dedicação é lombar.
Amores no mar têm ilhas,
humores, lugares, virilhas,
ao cabo das maravilhas,
têm olhos d'agua chorar.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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