Uma reunião de amigos-1922-Max Ernest
Quantos anos tem Brasília
Quantos rumos sem direção
Quanto tem quebrado a quilha
Quanto nela há quadrilhas
Quanto “afair” de danação
Quais as cuecas vazias
Que conduzem a nação
Caminhões de bóias frias
Quantos filhos ou filhas
quantos somos irmãos
quando vai chegar o dia
quantos até lá viverão
Peculato é covardia.
Fere a democracia,
o quanto sai pelo ladrão.
quem vai soltar a matilha
em quem assalta a união
quem faz a meia faz milha
quem vai lavar as vasilhas
quem tem botija na mão
Pariu a filha o Brasil
viu-se na televisão
dinheiro posto em pílhas
armarinho e camarílhas
quem quer ganhar um milhão
Quem vem pote, quem rodilha
Quem Põe dólar no colchão
Quem é chefe de família
Quem governa e não sabia
Quem anda só de “Buzão”
Quem é nicho e não é luxo
Quem engole o Panetone
Quem é tinta não é cartucho
Quem tem lombriga no bucho
Quem é cidadão sem nome
Quem é prato que se sirva
Na próxima eleição
Diga logo ou por missiva
Quando o povo tem fadiga
Suja o voto em regatão
Quantos anos têm á briga
Contra a corrupção
Quem quiser seguir-me siga
Qualquer cigarra ou formiga
Basta ser um cidadão
quem dira o que hoje há
entre a cidade e o cristal
o eixão e o paranoá
o arrabalde de Taguá
o pecado a e o capital
quem vai dizer , quem deprime.
quem sequer vai agora ouvir
quem vai responder aos crimes
quem vai limpar as vitrines.
que pais é esse aqui.
Quem é que paga o imposto
Com que prazer realista
Quem a isso faz com gosto
dando sorriso no rosto
de Quem so é vigarista
Brasília tem Quantos anos
Políticos, bons ou ruins,
Erros, acertos, enganos.
Por baixo de quantos panos
Começam os meios e os fins.
http://www.mauro-paralerpoesiabastatercalma.blogspot.com/
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