O silêncio é grande, enorme;
Nele se fecha tudo, nele habito;
As minhas palavras têm leme,
amarradas no liame
das ondas escondidas dos ouvidos.
Silêncio que em si resume.
Impera o adiante que cogito.
Deixa no ar o seu hálito,
transformado no hábito
de esconder um homem crítico.
O silêncio guarda as febres,
fervuras e frevos favoritos,
calor de um olhar em neve,
nesse semântico conflito.
Por temor de que se erre,
naquilo que nunca é dito,
é que o poeta escreve,
já o erro consumido.
E traz nesse verso errático
a condução de um prático
no mar carnal de sentidos.
O silêncio em mim tem seu nome
num par de olhos descritos.
Mais íntimo o silêncio some,
dentro do nosso infinito.
E some todo o incógnito
onde a amada e o homem,
assumem o expresso irrestrito.
Então a timidez morre,
quando os seus lábios incorrem
nesse sorriso bonito.
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