Roda de capoeira- 1953-Santa Rosa
Eu te dei o braço,
quase fui ao chão.
Você perdeu o abraço,
eu perdi tesão.
Passo um laço aperto,
eu e o João.
Pode ser mormaço,
larva de vulcão.
Pode queimar laços;
Mesmo com os esgarço,
eu não caio não.
Por que chão eu conheço,
como as palmas das mãos.
So com meu alento,
vou pagando o preço
vivo da razão.
Pois com ela pago,
outro passo a passo,
ando coração.
Quanto ao seu olhar,
vai levar tristezas
todas prá chorar.
Clara é a certeza,
nunca ter firmeza,
em visão vulgar.
Vai cair por terra,
com sua vida besta.
Verdade se expõe à mesa,
da existência destra.
O cancer vai chegar,
em seu peito mesquinho,
morto sem carinho,
solidão sem par.
Enquanto você vaga
sua vida no que caga,
sem ser gente, so parecer.
Vocè é mesmo uma merda,
que estraga com seu cheiro,
Qualquer olfato parceiro,
de quem se deu prá você.
Farinha podre é pirão azedo.
Aprendeu roubar no estrangeiro,
da honestidade tem medo,
infeliz sem paradeiro,
Veio então ladra e burra.
ponta em faca esmurra
só prá ver sangrar
falsa criatura
má fé na postura
não é se postar.
Ao meu lado fazendo feio,
roubando a paz que te recebe.
Bebe da desgraça e mente,
que é mesmo o que prefere.
Daqui vai sem nunca ser gente,
ferir-se com o ferro que fere,
que a morte te parta ao meio.
Vadia filha da puta,
que sua vida seja curta,
doída para sofrer.
Vá com o diabo agora,
pessoa de se jogar fora,
Pois vá com ele se foder.
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