Minha amiga tem saudade lispectorante,
tão familiar, clariciando sua memória.
Que a lembrança deixa sempre farta história,
estocada na memória dos amantes.
Nessas lembranças do desejo o beijo é glória,
como a língua em outra boca é fala arfante.
Recordar é um retorno do distante,
recompensa do amor de forma adórea.
Minha amiga é de lispector instantes,
ela quem diz dessa saudade que não sei.
Eu que amei de forma incostante,
meu coração de tanto errante esquartejei.
Já não trago labaredas, só queimadas.
pelas estradas do amor que caminhei .
Saudade é um perfume de floradas,
eu a tenho por quem ainda não amei.
Essa lembrança, de clarices tão brejeiras,
na elegância da poesia de Queiroz,
é Diadorim, Diadorim, mulher primeira,
saudade é cheiro de um poema em sua vóz.
Sem falar no Manuel mais pantaneiro,
com Coralina, formam juntos seus avós.
Agora, bem aqui no Rio de janeiro,
sua saudade é um radiante após.
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