Sleeping baigneuse, 1897- Pierre-Auguste Renoir
Quando ao mar revolto veio a calmaria,
nessa hora eu homem quedei-me aos seus braços.
Como a rocha firme adere ao sargaço,
trouxe nesse enlace o limo da poesia.
Cantei à espuma branca molhando seus passos,
tanto quanto canto ao corpo que traziam.
Ressurgiu inteira nesse meu mormaço,
Eu simples pedaço diante da alegria.
Nada mais havendo de grande valia,
seguiu a tarde, e o tempo e o cansaço.
onde o amor não arde, a carne exigia.
A mulher que quero é a que não acho,
Como pescador com a rede vazia.
vagas são os carinhos, e esse mar devasso.
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