Mural de Di Cavalcante no Ed. Triângulo- SP
Um pedaço de saudade se soltou de mim, como pastilha de fachada de um velho prédio.
Dei-me conta de que a solidão se solta assim, desprendendo-se aos poucos , por assédio.
Os solitários têm do amor um cunho autista, feito o artista num solo único de trapézio.
Como se dividir a vida fosse um vício radioativo, perigoso como o césio.
Se lhes despencam da memória as paredes, fica evidente o que maltrata o coração.
É que o trapézio nesse caso não tem redes, então para que se esconder de uma paixão.
O amor vadio este sim é o mais gostoso, Tem de perigo o que também de tesão.
Nesse artigo o seu corpo é bem zeloso, se você volta como posso dizer não?
divertido conviver com seus critérios, manuzear seus labirintos com as mãos.
Acaba o tédio e fico duro sem remédios, no seu corpo assim me embrenho feito um cão.
Até ficar o meu corpo agarrado, sendo os chiados seus o meu diapazão.
Depois do embate dos desejos já suado, então dormimos com os demônios no chão.
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