Querida , não há nada que possa substituir a perda de pessoas amigas . A vida as traz, nos as aprendemos e apreendemos, nós as vivemos. Ao vivermos, então, as amamos e com essa convivência ficamos maiores e melhores. Mas sendo a vida uma finitude, um dia elas se vão. Se transformam em lembranças. Há que viver esse tempo, há que guardar esse luto, essa noite vazia de alegrias até novo amanhecer. Depois da dor vem a leveza das recordações, depois vem a clareza de nosso pequeno tempo, depois a vida insiste em viver em nós. Nada pode apagar nossos velhos amigos queridos mas há um bálsamo que alivia. Há uma fonte de lavar lágrimas, há um tempo depois da dor dos idos, essa fonte são os novos amigos, com seus novos abraços, seus novos carinhos, seus afetos de novidade, no tempo desse futuro me abuso de me incluir como solidário , sendo assim, sejamos juntos.
Para ler poesia basta ter calma
Para ler poesia basta ter calma, Para ler Poesia basta ter paixão, deixe-a incidir subcutânea, trama das retinas à veia aorta para faxina do coração.
Citações
SÓCRATES
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
Furacão Selma
A preta não foi no samba,
a preta quebrou o pé?
A preta disse que é bamba,
será que é ? ou não é ?
Ela foi lá na Portela
tirou foto, fez filmagem.
terá sido mesmo ela?
ou fotografou a miragem?
Rainha da bateria
da escola do Estácio,
aonde acalma os sentidos
da vida que não está fácil.
A moça cheia de charme,
esnobou porque é bacana.
Pena que não lhe agrade
pagode em Copacabana !
Ó nega deixa de manha
e vem pro boteco sambar.
A galera toda reclama,
Cadê arainha do bar ?
domingo, 15 de janeiro de 2023
Personal
Meu corpo é uma taça trincada , ele é uma casca de ovo. Meu corpo é a fragilidade da comunidade , meu corpo é o corpo do povo, no exercício organizado do instituto. É meu corpo a pista do palácio da avenida Brasil, meu corpo é vital , meu corpo é viril, é etc… é coisa e tal . Não é luto, é luta, é isso meu corpo ! Para algumas foi gostoso, para outras foi fatal. Meu corpo não é senhor de mim, meu corpo sou eu, e eu sou assim. Tenho que vencer limites, tenho que respeitar seus clics , tenho que ouvi-lo enfim. Pelo meu corpo passam pessoas que o conhecem no tempo, mas ele aparece ao vento. Ele, sendo eu diferente, pode também ser lamento , pode também ser saudade . Meu corpo, para viver, invade uma outra comum realidade, e resiste, e insiste , e goza. Sendo corpo de um poeta meu corpo é verso, meu corpo é prosa, ele guarda o perfume da rosa por onde ousa passar . Meu corpo curva involuta, é corpo de resistência, esse corpo de dificuldades filhas da puta que a vida resolveu me dar. Esse corpo guarda com especial carinho quem pelo meu caminho , de alguma forma fez-se dele destino, fez-se dele, participar. É assim que a vida é, bela, gostosa e canora. Vida que é professora aonde se revele . Pode ter nome difícil, pode ter nome de fado, pode, como corpo também é pele , ser agradecimento, pode ser agraciado . Se pode, e é corpo de fato , ser muito, muito mesmo ,obrigado ao sensível mestrado que será sempre lembrado Com o nome Danielle.
terça-feira, 3 de janeiro de 2023
Resistência
Todo deficiente físico é resistência . Sofre algum tipo de exílio interno , em maior ou menor grau, na relação inversa ao grau de inclusão social a que tenha acesso ao longo da sua existência. Tem que Forjar, assim, seu jeito para conseguir compor dignidade na ímpar experiência na história. Sintático, se constrói como elemento inédito, o diferente humano nas relações formais das sinapses. Imagético, inadequado na multidão do senso comum. Semântico do imaginário desconhecido, é um enigma no universo interpessoal, cuja ética é tradução dominante e pragmática do que é sabido. A Exclusão é forma agressiva de desumanidade e define os espaços de poder no limite de produção da indiferença hegemônica.
sexta-feira, 4 de novembro de 2022
Raciocinando com o irrecional
Salvador Dali
O conceito de raciocínio irracional é o contracenado nas redes sociais. As manipulações das emoções são alargadas nas intervenções atuantes dentro das fragilidades psíquicas e sociológicas da cidadania. As informações controladas pelo poder dessas redes de origem externa contrastam , pactuam, reproduzem e distribuem a cultura libertária da economia digital no ideário do neoliberalismo, no seu modo hobbesiano. Por outro lado, o conceito de economia moral das chamadas Big tecs web, num rasgo de vento num pedaço do tempo, no sopro das nuvens, mais calmo ou mais rápido, é sempre mais lento no lastro moral . É nesse a jato de contrassenso que é feito o fato liquefeito do "novo" digital, o afeto interpessoal e as interpretações paralelas, tão pertinentes á solidão contemporânea. Supostamente irreais , trafegam nas nuvens virtuais e transformam de fato a história humana no poder real da concentração de dados e na reorientação da realidade de vida das pessoas, arrastadas nas tais redes como cardumes, em multidões de aparência pouco crítica . O poder da informação domina nessas redes de origens externas interesses transnacionais econômicos em variadas instâncias de dominação. Atuam em moldes, formatando a besta ou a bestialidade na biopolítica a qual se aferrará um todo humano. O novo/ velho veloz surge e se compõe como novo normal , aonde o fulano se torna influente na boca sem dente da teia geral. É o galo que canta para o galo, que canta para o galo em novo quintal. Esse ciclo Hobbesiano, ciclo neo humano de fricção paradigmática constante, provoca um deslocamento dentro do que é real e o que é virtual, produzindo dano constitucional irreparável . É vamos que vamos ao sabor do lítio nesse precipício de horrores sem fronteira nacional.
sexta-feira, 15 de julho de 2022
Passeando com G Lukács
A alma e as suas formas mais expressivas externadas avançam. O desejo é sua manifesta inquietação. Extrapolando , a estética e a ética ao existirem duplamente no contemporâneo, não se bastam diante das circunstâncias do tempo no seu conteúdo de fato histórico. O limite da linguagem é o espaço avante e vivo contido na sensibilidade artística e na fragmentação do que é incerto. No algo novo, na busca da tradução da existência criativa , no conceito de vida para além da ilusão informal do misticismo e da crença pronta . É a arte a trilha, vem abrir caminhos solucionando o anseio humano no ambiente instável. Onde a ideia não pereniza dentro da forma orgânica. O ideal e o real então, se falam, se abraçam, correlacionam-se na realidade do homem ,emoldurados no momento da construção da palavra no pensamento e da atitude vital na constituição dessa linguagem de fala na história.
quarta-feira, 25 de maio de 2022
Paixão em potes
James Abbott Macneill - O rocho e o rosa
para Daniela, que deixa paixão espalhada no que faz. O que dizer da razão depois de tamanha sorte senhores, acreditem ou não, já temos paixão em potes , quase amores. Por sobre as sabedorias e os credos que elas transmitem, agora é pura alegria pois essa mercadoria há de ser a solução. Esse bálsamo para o corpo, esse perfume dos amantes, agora vejam senhores a prova, pois nada será como antes. Sentindo-se solitários, sejam eles ou sejam elas, basta uma aplicação e a demão abre janelas, use a mágica solução e logo a paixão se revela . Mas prestem bem atenção, amigos, aqui não se aplica sem forma esse óleo afrodisíaco. Há que vir de belas mãos, que sejam habilidosas no afagar solidário das crenças e do imaginário da alma e do corpo, que saibam em cada toque mover energias zelosas, compartilhando calor, deixando o outro absorto no doce perfume de rosas. Desatando todo nó, aliviando toda dor, portando recados de Deus. Mas para que tudo se ajeite na perfeição da harmonia não basta comprar um pote, se lambuzar á valia dessa fatal emoção , como que um dote á revelia e arrebato. Há que se ter respeito, há que se ter recato com as substâncias vitais do azeite, canforado com as forças mentais do Heike. Caso assim não o faça, é delito, é falácia, é ilusão, falsa delícia, seviciando o espírito, gerando mágoa. A paixão quando desordenada, sem troca, Sem a atitude da parceria se pode dar com os burros n’agua ! Portanto caros senhores não abusem , ficando aflitos, com a mente atrapalhada, sem serem correspondidos. Sem seguir o seu sentido e sem se dedicar inteiros, seja lá como for. Mesmo quando em potes a paixão mal aplicada é rival. Parece tudo mas não é nada na ausência vital do amor.
sábado, 30 de abril de 2022
Lual da Ludi
É do tipo que dá para eu ir com meu carro alegórico ? Ou é lá longe, no Recreio, depois da pirambeira, no caminho proctológico, no precipício das beiras, na mais alta das ladeiras aonde até a alma derrapa na dura gentil do rapa ? Lá onde ninguém escapa de levar um tombo feio, onde a cabeça fica tonta e a birita faz apronta na queda e seus recheios? Perguntei porque receio, se caso não possa ir contribuirei com algum provento para o sucesso do evento, que a festa anda muito escassa. Faça a banda, vá na raça, toque apito. Se puder vou, se não puder fico, mas se o cortejo rolar, mesmo na minha ausência, de alguma forma ficarei rico, de fato pela essência e de afeto farei presença. Na ideologia da farra algo em mim se desamarra e passo procuração, toque por mim seu trompete pois meu coração derrete só de ouvir a função!
domingo, 3 de abril de 2022
Bolero de olhares
Joan Miró- Dançarina
Olhei nos seus olhos no que eles nos dizem
por entre reparos, pequenos deslises,
detalhes sonoros, pequenos esporos
deixados, felizes.
Embora a semente não vá muito à frente
e não se realize, o que eles sentem
ficou evidente num certo decerto
sem que haja reprise.
O quanto de medo te mata mais cedo
no que te reprime,
olhando para vida qual quem se embaralha
na cena do crime.
É o imaginário despindo um cismo,
te faz preconceito.
E sem comentários fico hediondo,
é falso abismo, então não tem jeito.
Envão dou de ombros diante de escombros
no que diz respeito.
O real vira um sonho
e o poema é bisonho,
eu o desconcidero.
Como algo não houve
na pressão peço um chope,
coração bolero .
E hoje componho no que te suponho,
parece moderno.
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
Boi de piranha
FUI TOMAR UMA GELADA NAQUELA CALÇADA LÁ DOS IMORTAIS, QUANDO UMA VELHA MALUCA DESPIA DA CUCA OS SEUS GENERAIS.
Babava ovos malditos aos tempos aflitos, aos tempos letais.
loira cabelos farmácia, a velha cebácea de odores fecais, bradava torpes delirios em nome de cristo e os neo pentecostais
Babava ela num cio, cadela sem brilho,sem amor, sem paz. Surtada a olhos vistos, rosnava aos seus mitos que são irreais. Mas sem ter Bala na agulha a velhota pulha falava aos gritos, soprando neo fascio apito soava esquisito, milícia, patrulha.
como fosse uma cartilha girava uma bíblia em uma das mãos. sem ler sequer um versículo era meio ridículo a sua solidão.
de fato nesse ato perverso e ausente completo de cidadania, berrava a néscia pessoa impropérios descrentes de democracia.
Jorrando fezes ao vento a fera supunha obter seguidores, camisa verde amarela a besta só era carente de amores.
As truculentas palavras apenas soavam nulidades críticas, eram uma cópia que ouvira em redes sociais de origens vazias.
Mostravam por dentro o nexo entre a falta de sexo e tamanhas dores, falo sem falsa ironia, sem Ter empatia cuspia horrores.
Asim como veio a danosa nefasta senhora, sem sal, sem sabores, assim como veio foi embora a tal catapora, tão cheia de manha. A pobre tacanha ignora, Sequer se percebe ser boi de piranha.
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Anel liberal
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
O homem lobo do homem
O homem lobo do homem não dorme sob marquise,
em povo que não consome a fome vira reprise.
Mas a energia não some, fica um recado que avise.
O homem lobo do homem vocifera á sua volta,
é ódio puro de nexo, recalco de coisa morta,
raiva que vem de léxico guardado atraz da porta.
O homem lobo do homem deve temer onde pise
pois haverá quem o dome no rastro de uma revolta.
Por mais que o tolo se esconda no calço de fracas botas,
ainda que falseie fatos travestidos em lorotas.
Tal foro tão reduzido é flagrado em mal deslize,
entre togas e gandolas gangora o disse e me disse.
O homem lobo do homem há de pagar muito caro,
brada a trombeta Dos Anjos ante o comércio da fé
dos trambiqueiros mundanos, esses novos coronéis ,
assaltantes do Estado, qual bando roubando anéis,
pois sabemos bem esse beijo, é a véspera do escarro.
Em postos de gasolina terão corpos pendurados.
O homem lobo do homem pagará o que semeia
ao mercar vida de um povo subjulgando a Nação.
Há de pagar ´por tal peia, ´por tal degeneração,
por golpear vida alheia não viverá o perdão.
Perante letal ladrão teremos sangue nas veias,
uma força maior já diz não e esse não incendeia.
domingo, 19 de setembro de 2021
A consciência no circo da alma
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
domingo, 5 de setembro de 2021
O desamparo no circo da alma
Nã0 que o feijão seja rico, Não que o fuzil seja o embalo.
Ossos agora vendidos engrossam nosso desamparo.
O estado desmilinguido, o povo desempregado.
Mesmo o Gullar tendo ido, o que de fato é uma pena,
O arroz continua subindo por isso nem vem ao poema.
Nas calçadas , desguarnecidos, há corpos em quarentena.
Dormindo já combalidos sem teto que os proteja
enquanto mandam os bandidos e a república se desgrenha.
Bananeira e desdentada, chamada de patriótica,
a Nação cai nesse conto Vigário para idiotas.
Fios de cobre vendidos fazem do pobre sem trem
joguete de outro sentido, não rimam versos também.
Precária cidadania, corroida nesse ato
produziu carcomida teoria chamada domínio dos fatos.
Como se a terra batida fosse culpa dos sapatos.
Assim nossa pátria abatida é sugada por carrapatos,
em golpes dentro de golpes entre tantos golpes já dados.
Esse vírus já conhecido destruindo os anteparos.
Eles vão queimando os silos produzindo mais desamparo.
Mas cães babando latidos de raiva , serão travados,
enquanto o povo unido reverterá os roubados.
Em tempos vis, corrompidos, de valores tão lavados.
Nublando tanto os sentidos não se vê a lua em minguados.
A verdade é nua e crua, se o direito não se situa,
Cabe ao povo ir às ruas a reverter esse estado.
de coisa torpe indecente, de crime impertinente,
entre o fascio e o mais trágico fardo.
Quem não cala aqui não consente, se essa terra é da gente,
se o interesse é nacional, há que exigir urgente,
há que unir toda gente, para se vencer no final.
domingo, 13 de junho de 2021
Perenal
Quando um botequim fecha, a cena é loquaz, temos três identidades de gênero humano: Os profissionais que limpam as mesas com a maior certeza que o ser humano pode ter na finitude temporária da valia maior de suas forças. Os bêbados com a simplicidade alcoólica tropeçando sua dignidade vulnerável evaporada em cauderetas, taças ou copos americanos adictos ; São seres embriagados em decomposição histórica, sobre os quais não há salvação, pouco resta e menos nos vale a pena qualquer comentário diante da grandeza iluminada dos terceiros, os namorados novos , esses sim cumpliciados no sagrado. Extremados externam toda objetividade afetiva e sem dúvidas salvarão a humanidade no amanhecer com a eternidade de fim de noite delineada nos seus beijos apaixonados .
domingo, 6 de junho de 2021
Supremacista Caboclo
Sou Branco como areia, quem quiser ver basta olhar.
Não trago samba na veia mas recebi um Candeia
vindo de algum orixá.
Ele me disse na veia, com a voz negra que aconselha
sentado na mesa de um bar.
Você que pensa que é branco, guardado na Torre do Tombo
tem o outro pé no quilombo de outra origem além mar
O inconsciente é um jongo de atabaque candongueiro
Não há ariano dinheiro que o possa camuflar.
vem mestiçagem primeiro, banhada em agua de cheiro
do sul até o Amapá.
Portanto caro parceiro, como o povo brasileiro
é feito de se misturar, você é variante etnia
unida por tantas guias da genética popular.
Bem maior que as utopias de furta-cor supremacia, ao fim nosso povo se fia
no tear das alegrias de uma história singular.
Para que não haja sofisma ou dominação por falácia,
a escravidão de Anastácia como batismo e crisma.
se mantém na eficácia regenerando a cisma
mantendo um povo sem rima mostrando o que há por lutar
sábado, 10 de outubro de 2020
Barca dos corações partidos
Eu estava no meu canto escondido
quando um grupo comovido
me chamou para escutar
Era uma barca de corações repartidos
alegrando meus ouvidos
como a lua alegra o mar
Seus instrumentos de bemois tão sustenidos
são afagos aos ouvidos
obrigado e saravá
Pedindo benção a Jackson do pandeiro
patrimônio brasileiro
sanfonia e maracás
Iluminados com platinelas de brilhos
a alegria volta aos trilhos
nesse valor popular
Eu que sozinho me escondendo do Covid
dezenove não são vinte
tudo isso vai passar
Aqui escornado num sofá de quase elite
aceitei esse convite
de acelerar coração
Posso dizer, neles o Brasil reside
como eixo e revide
forró coco e samba bom
Se me permitem desejo aos barqueiros merda
pois a vida anda lerda
deles temos precisão
Esteja certa toda gente que nos cerca
que o pandeiro seja a seta
e Jackson a solução
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
Boca do Jacaré
Povo da periferia
se liga na solução
e foca na sinergia
domingo, 16 de setembro de 2018
Parachoque contenção
Esse seu feitio polvora e pavio
desencapa o fio, despe meu olhar.
Pobre, Rio pobre , Vai bonde sem trilho,
general sem brilho, cascos de avatar
Pobre esse gentio cuja faca em fio,
forjada em granito , desagua no mar.
Mas que Rio é esse cujo interesse,
mesmo com estresse, brilha igual luar?
Como fosse um peixe agarrado em rede,
sol rimando a sede, sangra o popular.
Rio do apartheid, dos pés de havaianas,
Julios de Adelaides, do poder sacana.
Das comunidades planas, das favelas,
Vem para a cidade Quem será por elas.
Boca das delícias, trampa no buzão,
tropa da milícia, corre é arrastão.
Rio chapa quente, do asfalto nobre.
Praias indolentes, chope em pé no bar.
A veracidade é quase inclusiva,
faz ser a verdade nua a se mostrar.
Têmpora de um povo sempre resiliente ,
farol sobre o novo mesmo à faca ao dente.
Nesse desmazelo da malemolência
se escondem segredos, Forjam resistências.
O tempo não para no perdeu playboy,
no olhar que azara, se eu sorrio dói
sono nas calçadas, tanto é três por cinco
sofro quase nada, nisso quase minto.
Rio camarada levado de boa
Perigo é roubada, sudeste de proa
Sobre as montanhas cheias de casebres
A pipa que voa avisa os moleques
Cara carioca, cara do Brasil
Caveirão sufoca, a tv não viu
entrar pé na porta desse cidadão
somente amarrota, não é solução.
Quem te salvará dos fuzis da ira?
Quem resgatará das falsas mentiras.
Quando o sol se põe, pontal ou macumba,
surgem chapadões, não desistem nunca.
Minha solidão cidadela, é o Rio.
Aonde o meu estio vem por adoção.
Hoje já maduro digo a toda gente:
Resiste ao sombrio, bate coração.