Joan Miró- Dançarina
Olhei nos seus olhos no que eles nos dizem
por entre reparos, pequenos deslises,
detalhes sonoros, pequenos esporos
deixados, felizes.
Embora a semente não vá muito à frente
e não se realize, o que eles sentem
ficou evidente num certo decerto
sem que haja reprise.
O quanto de medo te mata mais cedo
no que te reprime,
olhando para vida qual quem se embaralha
na cena do crime.
É o imaginário despindo um cismo,
te faz preconceito.
E sem comentários fico hediondo,
é falso abismo, então não tem jeito.
Envão dou de ombros diante de escombros
no que diz respeito.
O real vira um sonho
e o poema é bisonho,
eu o desconcidero.
Como algo não houve
na pressão peço um chope,
coração bolero .
E hoje componho no que te suponho,
parece moderno.
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