Fotografia: Ricardo Azoury
Caiu na rede é peixe, de sardinha a tubarão.
Na pimenta do reino deite, com a aguinha de um limão.
Sal grosso de moinho ajeite, na médida da pressão.
Bagunça ao paladar vem das ervas do pilão.
Caiu na rede em azeite, bem fácil de preparar
Pimentão, alho, cebola, cenoura não vem do mar
um pouco de vinho branco, perfeito pra deglaçar
o fundinho da panela, tem sabores de avatar
As ervas alucinantes, páprica, açafrão terra
Pimenta dedo de moça, manjerona que só ela.
Louro e capim limão, solução que nunca erra
Tomilho ,sálvia e tudo ao gosto dessa quimera.
Não podemos esquecer de picar bons dois tomates
O qüentro com talo e tudo, salsinha por arremate,
umas gotas de pimenta de esconjurar o covarde.
Leite, de côco mesmo, natural tem mais quilate
Fritando a posta em amido, no azeite já bem quente.
Depois a cebola, o alho, pimentão e cenoura ao dente
no banho de vinho branco, de valor mais condizente
voltando postas ao fogo, baixo agora, menos quente.
Um creme então se forma, é gostoso de colher.
Sabores à alma afloram, acredite quem quizer
com arroz branco, senhores, não sobra nem pro café.
Esse é o peixe na bagunça, é de bater palmas em pé.
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