Fotografia: Reciclagem- Lucy Juliana
Vamos pelar uns tomates excluindo-lhes as sementes.
Se não me falha a memória por falta de calafate,
as sobras da geladeira serão de um alto quilate.
Meio pimentão murcho, o que sobrou da chicória,
uma abobrinha é luxo, uma berinjela é a glória.
Uma cebola inteira picadinha é excelente,
amassagado bastante de alho vão cinco dentes.
Aquele champinhom de ontem, guardado e resistente,
dará ao molho nobreza francesa por arremate.
Uma colher de manteiga ao azeite leniente,
refogados em conjunto pimenta e sal à vontade.
Se a carne sobrou moída é bem vinda no empate.
Proteína prometida provem porem paridade.
Salsinha e cebolinha vão trazer perfume às partes.
Uma colher de mostarda, se puder seja Dijon;
Juntar à ela o caldo tropical de uma laranja,
dará assim um total sabor cítrico por franja.
Numa pitada de açúcar a acidez perde o tom,
vamos somar mais massa do tomate que é bom.
No fogo brando uma hora toda coisa se arranja,
Com um dedinho de moça vermelhinha igual batom.
Por fim a pasta ao dente não pode passar do ponto,
de seis a oito minutos na água já bem fervente.
Salgada ao gosto de mar, quem dele sabe o sente,
na textura deverá ela ficar sem desconto.
Pois é nesse paladar que o prazer faz seu apronto.
Da Itália esse manjar se come até ficar tonto,
servido com parmesão ralado bem fartamente.
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