Destemido de nuvens o sol brilha,
no céu claro do meu conhecimento.
Na memória, o embaralho dos momentos,
desliza um mar por sobre a quilha.
Do oceano a felicidade é ilha
e o amor podemos dizer é o vento.
Sua voz me traduz a maresia
E a mazela é o sal do sofrimento.
Na tormenta e na fúria dos temporais
seu olhar que me guia, é mestre arais,
estrelando o polar dos sábios Jônios.
na busca de ancoragem vejo cáis.
Me lembrei que morreu o Marco Antônio,
do seu canto não vibrará mais as cifras,
não sustenta o seu corpo sobre as ripas,
ele brilha agora inerte como o argônio.
Na infância do ontem eu lhe ponho,
na lembrança da paz ele hoje habita.
na praia do desejo deita o sonho
e o real é a aventura mais bonita.
Essa veia é do sangue do artista.
Para terminar o canto pouco falta
deixo qui palavra dita por não dita
O argumento é o devaneio do argonauta.
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