A tarde brinca de estátua.
Apenas a brisa do mar a denuncia.
A casa pendurada no ar sobre a rua,
silenciosa na solidão nua e crua,
deixa passar as horas pela janela do dia.
Sem angústia, leio as maldades do mundo;
Traduzidas de forma frouxa, feia e quase fria.
Com seus absurdos esqueletos profundos,
Reproduzidos, sem perceber o gene fecundo,
retornado em comuns, qual perene ácido de asia.
Respiro mais alongado por uns segundos.
Olho uma réstia de sol, ela me contagia.
Toma-me por, contradito, uma alegria de lua.
Assim, surge o contrapor da pequena poesia.
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