Fotografia: Mau tempo, Bom tempo- Paulo Dias
Com a vida se passando, na escola do simplesmente, é que pude desvendar em mim mesmo, aquilo que de mim não sabia; Pois dos outros tenho sempre a informação vencedora a título de realidade, é o aparente do mundo ao meu lado, nunca o velado.
Foi preciso acalmar assombros, foi vital soerguer escombros, foi legal aprumar os ombros e colher a minha própria solução.
Se a divergência é um universo, minha história é do caminho, do chão, sou divergente manifesto.
Foi preciso aprender a respeitar onde piso, para poder encaminhar mais acurada a atenção do que sou no tempo e espaço.
Foi com a vista se alastrando, com a força do destino, só assim pude laborar o acaso, me apoiando no então do improviso, foi assim mesmo, sem nenhum aviso.
Necessário foi, dissolver os grumos da vergonha instalada à revelia do querer próprio, em água morna, para não encaroçar em ilusão, para não me queimar na fumaça da insegurança, foi pertinente ter opinião, ter atitude, Quebrar a ponta da lança com a minha ginga, com a minha dança, com a pulsação.
Meu tempo é de alegria, de não me afogar no caldo insossego e calado do mundo dos lamentos.
Foi com ciso que aprendi a tirar o guizo do leão do dia, foi com essa alegria, com sorriso, e com tesão.
Na vida é urgente ter peito para achar um jeito sem perder a mão, sem puxar o cão, sem fechar o coração; Nessa lida ponho os olhos nos olhos, ponho as mãos nas outras mãos, ponho corpo a corpo, e no amor presto muita, mas muita tenção.
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