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A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

terça-feira, 6 de março de 2012

Cefalalgia ( A olhos nus)

                                                                                                                                                                                               Fotografia: Água viva- Sátiro Sodré
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Ao conto do Bestiário de Cortazar, pode se somar um ponto; Aonde o tonto Gládio come a besta fera, criando o animal de passagem, desinibido na sua própria fertilidade de imaginação.
Apenas um comentário é pouco quanto ao lugar, a cena, o depositário desse poder, dessa magia desenfreada, desse golpe de condão.
O quanto a Cefalalgia fabrica seu machucar, trazendo nesse produto o condutor bis da emoção.
Animados ficam em par: Asas, pelos, patas, braços, bicos, escamas, fuselagens, olhos, focinhos, pelagens desejos em tramas, carinhos, valores em  líquida consideração.
Atarefados de seus aprontos saem do lar. Conquistas, disputas, beijos, os arrivistas em chamas.
Nos anos do seculo XXI do chamado Jesus Cristo, logram os possuídos, por seus troféus de bravura.
O homem e o animal do homem se fundem a olhos vistos, gerando nessa atitude as agulhas da costura. Estes serão seus próprios filhos! Na continuação de um está o outro, dentro do outro, dedo do outro.
É um outro, o novo animal que o assume, na falência de carne da cultura disforme.
Depenado de suas asas, tosquiado de seus pelos, amputado de suas patas, descamado de escamas.
Na forjadura dessa fábrica, discute de novo o risco Darwin dos primatas, refazendo sua compostura numa outra estatura, a miscigenada criação da sentidos à criatura.
Carregando em si, as conquistas e seus preços, sua lógica, sua ecologia, como um facho íntimo de seus nascituros. Projetando genética imagem naquilo que só posteriormente será conhecido como futuro.
Titãs em suas cabeças de dinossauro, restauro de uma Berlim sem seus muros. verdugo Chines entre a muralha e os musgos. Tanto é o mar e tamanha é a terra.
No entanto há outros, que têm minaretes salientes, e se explodem  imolados nas causas e nas crenças.
Nada disso emperra o acuro, ou evita que se Prossiga  a ejeção coronal, enquanto esse fruto é maduro.
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