Fotografia: Voyageur- Honey
O abandono é sem dono
A solidão não tem mão
O não saber é sem como
Perdido é sem solução
Qual a resposta da vida
Se a pergunta sei não?
Quando o desejo e a desdita
Trilham caminhos sem chão
A calma esconde brigas
despidas na desilusão.
Má sorte a ser comida
sem a fome da paixão.
O copo encobre feridas.
O tempo tapa tesão.
A noite salta saídas,
pecados e expiação.
No corpo zine a bebida.
No peito soçobra invento.
Não há no mundo medida
para a solidão lá de dentro.
Num trago da erva maldita,
vagando vai vela avulsa.
Neurônios bailam sem pistas,
sem solução, sem ternura
Do embargo cegando a vista,
num bar procurando a cura
ao aniquilar a conquista,
da vida que se expulsa
.
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