Citações

A palavra é o fio de ouro do pensamento.


SÓCRATES

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Boi de piranha

 

FUI TOMAR UMA GELADA NAQUELA CALÇADA LÁ DOS IMORTAIS, QUANDO UMA VELHA MALUCA DESPIA DA CUCA OS SEUS GENERAIS.

Babava ovos malditos aos tempos aflitos, aos tempos letais.

 loira cabelos farmácia, a velha cebácea de odores fecais, bradava torpes delirios  em nome de cristo e os neo pentecostais

Babava ela num cio, cadela sem brilho,sem amor, sem paz. Surtada a olhos vistos, rosnava aos seus mitos que são irreais. Mas sem ter Bala na agulha a velhota pulha falava aos gritos, soprando neo fascio apito soava esquisito, milícia, patrulha.

como fosse uma cartilha girava uma bíblia em uma das mãos. sem ler sequer um versículo era meio ridículo a sua solidão.

de fato nesse ato perverso e ausente completo de cidadania, berrava  a néscia pessoa impropérios descrentes de democracia.

Jorrando fezes ao vento a fera supunha obter seguidores, camisa verde amarela a besta só era carente de amores.

As truculentas palavras apenas soavam nulidades críticas, eram uma cópia que ouvira em redes sociais de origens vazias.

Mostravam por dentro o nexo entre a falta de sexo e tamanhas dores, falo sem falsa ironia,  sem Ter empatia cuspia horrores.

Asim  como veio a danosa nefasta senhora, sem sal, sem sabores, assim como veio foi embora a tal catapora, tão cheia de manha. A pobre tacanha ignora, Sequer se  percebe ser boi de piranha. 



terça-feira, 2 de novembro de 2021

Anel liberal



Nessa terra tão sofrida onde reina um genocida viciado em mamata,
devastação é avenida, muito pouco vale a vida, pra não dizer vale nada.     
Nas calçadas aonde habita tanta gente a perder vida no debacle da nação,
tem comando dessa lida de traição indevida, reina um falso capitão. 
As burras bancas vão cheias e a fome aqui campeia no lixo de caminhão, 
quem disse o petróleo é nosso vai ficar com os destroços e com o custo final. 
Essa é a história indigente de quem pensava ser gente no saque neoliberal.
O abraço da serpente vai quebrando o ser vivente sorvido como animal
sob ordens de inglês fluente a coturnos indecentes desse torrão nacional
agachados e obedientes, togados subservientes a serviço transnacional
entregam aneis e dedos, desvendam os seus segredos dentro da noite fatal.
Mas há nesse povo a semente que germinará valente reproduzindo união
e os falsos patriotas, profetas da ilusão, comerciantes da fé e entreguistas, esses pagarão.

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

O homem lobo do homem

Corpos de Mussolini e Clara pendurados em uma viga de metal / Crédito: Wikimedia Commons

 

O homem lobo do homem  não dorme sob marquise, 

em povo que não consome  a fome vira reprise.

Mas a  energia não some, fica um recado que avise.

O homem lobo do homem vocifera á sua volta,

é ódio puro de nexo, recalco de coisa morta,

raiva que vem de léxico guardado atraz da porta.


O homem lobo do homem deve temer onde pise

pois haverá quem o dome no rastro de uma revolta.

Por mais que o tolo se esconda no calço de fracas botas,

ainda que falseie fatos travestidos em lorotas.

Tal foro tão reduzido é flagrado em mal deslize,

entre togas e gandolas gangora o disse e me disse.


O homem lobo do  homem há de pagar muito caro,

brada  a trombeta Dos Anjos ante o comércio da fé

dos trambiqueiros mundanos, esses novos coronéis ,

assaltantes do Estado, qual bando roubando anéis,

pois sabemos bem esse  beijo,  é a véspera do escarro.

Em postos de gasolina  terão corpos pendurados.


O homem lobo do homem  pagará o que semeia          

ao mercar vida de um povo subjulgando a  Nação.

Há de pagar ´por  tal  peia, ´por tal degeneração,

por golpear  vida alheia não viverá o perdão.

Perante letal ladrão teremos sangue nas veias, 

uma força maior já  diz não  e esse não incendeia.







domingo, 19 de setembro de 2021

A consciência no circo da alma


Obrigado Paulo Freire , vivo nos traços  do Aroeira

A consciência  no circo da alma é algo Diacrônico, tendo a elasticidade do momento na história. o fato e o espetáculo se fundem no calor do ato como composição e canto, com a lucidez a destruir o espanto na atitude de despir o manto descurtinando a altivêz do conhecimento.
Essa atividade, esse movimento cultural interno à realidade própria dissipa a neblina , o olhar de um no outro se contamina num efeito corrente. É o universo humano na sua lingua transmitido e transmissor. Como um Beijo do real agindo na semântica e trazendo na palavra escrita o domínio do alfabeto da transformação em movimento antropológico. Esse húmus transmissor significante vai  Perfazendo a força quântica do saber de sí e da capacidade coletiva de agir no mundo, esse é o brilho da razão, essa é a essencia insigne e transformadora do homem no encontro de si com a plenitude de sua própria existência e de sua própria liberdade.

domingo, 5 de setembro de 2021

O desamparo no circo da alma

 


Nã0 que o feijão seja rico, 
Não que o fuzil  seja o embalo.

Ossos  agora vendidos engrossam nosso desamparo.

O estado desmilinguido, o povo desempregado.

Mesmo o Gullar tendo ido, o que de fato é uma pena,

O arroz continua subindo por isso nem vem ao poema.

Nas calçadas , desguarnecidos, há corpos em quarentena.

Dormindo já combalidos sem teto que os proteja

enquanto mandam os bandidos e a república se desgrenha.

Bananeira e desdentada, chamada de patriótica,

a Nação cai nesse conto Vigário para idiotas.


 Fios de cobre vendidos fazem do pobre sem trem

joguete de outro sentido, não rimam versos também.

Precária cidadania, corroida nesse ato

produziu carcomida teoria chamada domínio dos fatos.

Como se a terra batida fosse culpa dos sapatos. 

Assim nossa pátria abatida  é sugada por carrapatos,

em golpes dentro de golpes entre tantos golpes já dados.

Esse vírus já conhecido destruindo os anteparos.

Eles vão queimando os silos produzindo mais desamparo. 


Mas cães  babando latidos de raiva , serão travados,

enquanto o povo unido reverterá os roubados.

Em tempos vis, corrompidos, de valores tão lavados.

Nublando tanto os sentidos não se vê  a lua em minguados. 

A verdade é nua e crua,  se o direito não se situa,

Cabe ao povo ir às ruas a reverter esse estado.

de coisa torpe indecente, de crime impertinente,

entre o fascio e o mais trágico fardo.

Quem não cala aqui não consente, se essa terra é da gente,

se o interesse é nacional, há que exigir urgente,

há que unir toda gente, para se vencer no final.






  

domingo, 13 de junho de 2021

Perenal



 Quando um botequim fecha, a cena é loquaz, temos três identidades de gênero humano: Os profissionais  que limpam as mesas com a maior certeza que o ser humano pode ter na finitude temporária da valia maior de suas forças. Os bêbados com a simplicidade alcoólica tropeçando sua dignidade vulnerável evaporada em cauderetas, taças ou copos americanos adictos ; São seres embriagados  em decomposição histórica,  sobre os quais não há salvação, pouco resta e menos nos vale a pena qualquer comentário diante da grandeza  iluminada dos terceiros, os namorados novos , esses sim cumpliciados no sagrado. Extremados  externam toda objetividade afetiva e sem dúvidas salvarão a humanidade no amanhecer com a eternidade de fim de noite delineada  nos seus beijos apaixonados .

domingo, 6 de junho de 2021

Supremacista Caboclo

 


Sou Branco como areia,  quem quiser ver basta olhar.

Não trago samba na veia mas recebi um Candeia

vindo de algum orixá.

Ele me disse na veia, com a voz negra que aconselha

sentado na mesa de um bar.

Você que pensa que é branco, guardado na Torre do Tombo

tem o outro pé no quilombo de outra origem  além  mar

O inconsciente é um jongo de atabaque candongueiro

Não há ariano dinheiro que o possa camuflar.


Compondo nosso terreiro de Caboclo candomblé

vem mestiçagem primeiro, banhada em agua de cheiro

do sul até o Amapá.

Portanto caro parceiro, como  o povo brasileiro

é feito de se misturar, você é variante  etnia 

unida por tantas guias da genética popular. 

Bem maior que as utopias de furta-cor supremacia, ao fim nosso povo se fia

 no tear das alegrias de uma história singular.

Para que não haja sofisma ou  dominação por falácia,

a escravidão de Anastácia como batismo e crisma.

 se mantém na eficácia  regenerando a cisma 

mantendo um povo sem rima  mostrando o que há por lutar